terça-feira, 29 de junho de 2010

Para além do ego

Sou eu,

Uma parte ínfima desta consciência universal

Como você.

Sou eu

Aquele que, em terras áridas, gerou a primeira faísca de fogo.

Sou eu

Aquele que, ao longo de séculos, desfiou guerras

e espargiu amor.

Sou eu

Aquele que lutou pela liberdade e que castigou os revolucionários

Sou eu

Aquele que nasceu nos palácios e se alimentou nas sarjetas

Sou eu Aquele

A alegria e a dor

A prisão e a liberdade

A certeza e a dúvida

A riqueza e a pobreza

A mentira e a verdade

A união discriminada de tudo

A dualidade e o uno

Sou parte e sou todo

Assim como você.

Que quando se vai, eu perco.

Mas quando encontro, o “eu” ganha.

Sou o ego e a essência,

Estou em cada olhar e cada coisa,

Espelhado como Narciso,

Buscando o todo que há em mim

E que minha aparência não exprime.

E encobre,

Criando a ilusão de que sou apenas isso.

E me fazendo obrigado a relembrar

A cada dia

De que sou mais do que “eu”.

Que sou “tu” e “ele”

“Ela” e “Vós”

“Nós” e “Eles”

Todas as “Pessoas”.