quinta-feira, 24 de março de 2016

Brainstorming e uma viagem da consciência

Organizando os arquivos, encontrei este texto meu! Seu eu pude aprender com ele, imaginei que você também pudesse!

Boa leitura!

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A vontade me chama e me convida a pensar e a escrever.

Chego, então, a inúmeras conclusões que são absorvidas do me cérebro pelas células de todo o corpo.

Eu absorvo, assimilo e então cessa a vontade.

E, passados poucos segundos, ela volta, forte e determinada.

Quero dizer. Muito a dizer. Mas não sei bem como começar.

A mente, a ilusão, a verdade, a pureza, o self, a identidade, a consciência, a hiperconsciência...

As informações surgem como uma tempestade cerebral de conceitos e eu fico curtindo essa coreografia de sentidos.

Que saudades da clareza do achar que sei o que penso. Que delícia da dúvida em afirmar e não saber.

Que desejo de poder pensar e tudo se traduzir em palavras digitadas, sem mover os dedos.

São tantos pensamentos. São tantas conclusões. É tanto desejo de que as pessoas saibam o que aprendi. Que sintam a mesma felicidade em compreender o que compreendi.

Qual é a origem de tudo? De tudo o que o homem deseja? O que move a humanidade na direção do Caos ao qual ela sempre chega, de tempos em tempos.

Ninguém acredita desejar o caos, porque a mente organiza tudo o que estimula sua existência – os sentidos.

A Origem – este filme vem à minha mente. Então, percebo quantas dispersões e instabilidades posso gerar tentando encontrar respostas lógicas e racionais. O melhor mesmo seria parar de escrever e meditar. Mas agora que “dei o primeiro passo” parecem involuntários os demais dedilhados neste teclado.

Qual é “a origem” de tudo? O que há de mais profundo no nosso ser? Como ir além da ilusão ou do sonho, ou das camadas de ilusão de sonho que são construídas por nós e pelos outros ao longo da vida. O que aquele bebê sozinho no berço, ainda incapaz de rolar sobre o colchão sabe que nós não sabemos mais?

Que capacidade de contemplação e encantamento ele tem que nós perdemos.

Onde está a essência de tudo? Como chegamos a ela? De novo, seria melhor meditar. A felicidade inefável não se alcança racionalizando. É o que as filosofias de mais de 5 mil anos nos dizem.

Tecnologia. O que ela nos trouxe que é mais precioso do que a experiência das mais antigas comunidades e civilizações humanas?
Por que desejamos ser felizes? O que isso significa? Harmonia com o universo, talvez. Em verdade, integração, união, a certeza de não estarmos sós. A compreensão de que tudo é uma coisa só, tudo está interligado. A segurança de que somos parte integrante e fundamental de algo muito maior. Orgulho e vaidade do ego, de se considerar importante, mais do que algum outro. Conflito entre encontrar sua essência mais pura que lhe conecta a tudo e que, ao mesmo tempo lhe garante sua missão, a importância de estar vivo, também lhe mostra que sua importância não é maior ou menor do que a partícula de grão de areia que está na praia.

Consciência da consciência. Busca de uma glória que não cabe a apenas um herói. Sentido de uma vida que tem sentido por ser viva e por compreender isso.

Ser feliz. Sim. Parece a origem de tudo. Estar em harmonia com o todo. Entender que o mundo se move por ação e reação, por inércia e por estabilidade. Qualidades da Natureza ao nosso redor e que constitui nosso físico denso.

Somos mais do que células, átomos, somos energia vital, bioenergia, reprodução da energia cósmica, solar, que nos afeta, nos estimula, nos penetra.

Vibração infinita.

Processo contínuo e eterno. O que alguns chamam de Deus. A estabilidade ou a continuidade dos processos de movimento e inércia. Isso é a origem. E também o fim. E não mais que o meio. Isso é tudo e o todo. É o que dá sentido e o que o tira. Por isso também é nada. E também é som. Vibração que transforma e se transforma, que se materializa e que se oculta. Dimensões, complexidades que surgem do simples e fundamental e nos levam novamente à lógica dispersiva, instável, contínua, sem fim. E, então, tudo recomeça, como na saga História Sem Fim.

Enquanto isso, criamos mundos, sensações, e nos identificamos com o que pensamos – e que provêm do que vemos, ouvimos, sabores e perfumes que sentimos, texturas etc. De novo, vibrações traduzidas em freqüências diversas, que geram ressonância, simpatia, grupos, civilizações, culturas, egrégoras, fortalecimento ou enfraquecimento de emoções, ideias, ações, atitudes...

Freqüências que se alteram ao longo dos ciclos da vida. Influenciados pelas inúmeras dimensões do universo, suas mudanças mais complexas e mais amplas. Que provocam civilizações dominadas mais pela alegria e pelo entusiasmo, ou pelo medo e a agressão. Pela consciência ou pela inconsciência.

A fênix. O fogo. A transformação programada de tempos em tempos, para o brotar de uma nova semente.

O homem deixará de sê-lo para tornar-se essência pura, quando tomar consciência de que não é o centro do universo e da vida, mas apenas um composto diferente da mesma substância que está em tudo.

Autoconsciência ou autodestruição são as únicas alternativas a uma civilização.


Quando a primeira não acontece dentro do prazo natural possível, a outra necessariamente se impõem, como forma de permitir uma regeneração e manter a estabilidade – a continuidade da consciência universal – através de novos meios de manifestação.

Aline Daher
aline.vsdaher@gmail.com

quarta-feira, 16 de março de 2016

A vida é como a vemos ou Da vida através de lentes cor de rosa

A vida é como a vemos. Vemos a vida como pensamos que ela é. Gostamos da vida se pensamos que ela é boa. E a vida será boa se pensarmos que ela é.

Se tivermos um dia repleto de coisas que gostamos, diremos que somos felizes.

Ao contrário, se tivermos um dia repleto de coisas que não gostamos, diremos que somos infelizes.

Então, como ser feliz por mais dias de uma mesma vida?

Fazer o que gostamos certamente é uma solução mais fácil e rápida. Mas nem todos os dias poderemos fazer só o que gostamos.

Poxa, então não há solução?

Há sim. Basta esforçar-se para gostar do que não se gosta e, no computo geral, o resultado será mais dias felizes do que infelizes.

Isso não quer dizer que não ficaremos tristes. Afinal, às vezes, o que nos entristece são ações que não dependem de nós, já foram realizadas. E a tristeza não deve ser reprimida. Ela é uma manifestação de que temos empatia, somos capazes de compreender como o outro se sente e, mais do que isso, que estar insatisfeito pode ser um estímulo para mudar, melhorar, evoluir.

Mas, e como gostar do que não gostamos? É simples: basta compreender o sentido daquilo que você tem que fazer, ou mesmo, voluntariamente, atribuir um significado positivo a uma ação aparentemente negativa, desagradável.

Por exemplo: falar com uma pessoa que te desagrada, seja familiar, colega de trabalho ou desconhecido. Muitas vezes, precisamos falar com essas pessoas para processos decisivos muito importantes. O que fazer para gostarmos desta tarefa? Pense como você vai estar aliviado, feliz, depois da conversa. Imagine que a sensação de ter feito algo que você não gostava te dá mais confiança e segurança e que, por isso, você é capaz de fazer o que for necessário para conquistar a vida que você quer, suas metas, seus objetivos, sem procrastinação.


Só o exercício de criar mentalmente como você estará depois de realizar a tarefa já será um grande motivador. E, ao repetir isso diversas vezes, a tendência é que vire um hábito, um novo condicionamento. E você passa a olhar para a mesma ação, ou atividade, que parecia chata, desagradável, como oportunidade de ser mais satisfeito, realizado e feliz!

Preceito moderador: não entenda a descrição acima como um estímulo a ser bobo alegre, ou se tornar incapaz de ver problemas a serem corrigidos. Esta maneira de ver a vida é apenas uma forma mais descontraída e descomplicada de lidar com seus verdadeiros desafios diários e torná-los chances para se aperfeiçoar.