A RedeTV! está selecionando 30 pesssoas, formadas, para comporem uma equipe de jornalismo investigativo.
Os interessados devem escrever para: Juliana Evangelista jevangelista@redetv.com.br assunto: webreporter-indicação tognolli.
Boa sorte!
segunda-feira, 11 de maio de 2009
sábado, 9 de maio de 2009
A ausência que move o homem
Somos educados e reeducados, diariamente, para sermos regidos pela ausência de nós mesmos. Isso significa que, principalmente no Brasil, e creio em outros países em desenvolvimento ou que passaram por processos de colonização, a heteronomia reina sobre a autonomia.
Somos regidos por normas que não entendemos, não nos compromissamos com a nossa existência ou a do outro e ficamos esperando sermos repreendidos ou punidos, para serguirmos a lei, ou recompensados, para saber quando continar nos comportando da mesma maneira.
Nos ausentamos de nós mesmos, para evitarmos a culpa. Delegamos a terceiros o poder sobre nossas vidas... nossas decisões
Esperamos que uma mão nos empurre e nos faça seguir, como uma massa amorfa, que nunca se define, porque não se conhece e acredita que é aquilo no que a mão lhe transformou.
P.S. O texto está em primeira pessoa do plural, mas depende de cada um deste 'nós' de que falo tomar consciência e descobrir que ingrediente desta massa é.
Somos regidos por normas que não entendemos, não nos compromissamos com a nossa existência ou a do outro e ficamos esperando sermos repreendidos ou punidos, para serguirmos a lei, ou recompensados, para saber quando continar nos comportando da mesma maneira.
Nos ausentamos de nós mesmos, para evitarmos a culpa. Delegamos a terceiros o poder sobre nossas vidas... nossas decisões
Esperamos que uma mão nos empurre e nos faça seguir, como uma massa amorfa, que nunca se define, porque não se conhece e acredita que é aquilo no que a mão lhe transformou.
P.S. O texto está em primeira pessoa do plural, mas depende de cada um deste 'nós' de que falo tomar consciência e descobrir que ingrediente desta massa é.
A essência é maior que a aparência?
VEJAM O VÍDEO: http://www.youtube.com/watch?v=9neKhjyHWgc
Vivia num mundo
Em que o corpo era imundo
Maltratou o corpo
Ou dele se olvidou
Exaltou o morto
De quem a alma se livrou
Encontrou, na morte, a vida
E fez da doutrina exibida
Uma razão atrevida
Torturou a aparência
E na sua inocência
Perdeu a essência
Apegou-se ao eterno
E a sete paus abaixo
Eternizou-se num terno
Perdeu a vida
E a ela voltou, decidida
A encontrar a correta medida
_________________________________________
‘A imagem ou a aparência é uma oportunidade infinita de significados; aceitam a ideologia de quem quer que as “leia” para dar-lhe um sentido ou uma essência.’
‘A doutrina cristã louva o espírito (a essência), em detrimento do corpo (a aparência):
Espírito (matéria etérica, sublime) = sagrado
Corpo (matéria física)= pecado
Vivia num mundo
Em que o corpo era imundo
Maltratou o corpo
Ou dele se olvidou
Exaltou o morto
De quem a alma se livrou
Encontrou, na morte, a vida
E fez da doutrina exibida
Uma razão atrevida
Torturou a aparência
E na sua inocência
Perdeu a essência
Apegou-se ao eterno
E a sete paus abaixo
Eternizou-se num terno
Perdeu a vida
E a ela voltou, decidida
A encontrar a correta medida
_________________________________________
‘A imagem ou a aparência é uma oportunidade infinita de significados; aceitam a ideologia de quem quer que as “leia” para dar-lhe um sentido ou uma essência.’
‘A doutrina cristã louva o espírito (a essência), em detrimento do corpo (a aparência):
Espírito (matéria etérica, sublime) = sagrado
Corpo (matéria física)= pecado
domingo, 3 de maio de 2009
A flor na pele
Caminhava sobre o cimento cinza, avistando o sol tocar quente o extenso gramado morro abaixo. E, então, uma vontade súbita de me atirar ali me acometeu, como tantas outras vezes. Mas, naquele dia, foi diferente: eu me rendi ao meu desejo de maneira tão espontânea, e satisfatória.
Rompi o limite entre cinza e verde e a sola do calçado tocou a grama. Era comum encontrar amigos ao sol naquele espaço, mas não amigos meus, conhecidos entre si, que provavelmente louvavam ao Sol, como eu, sem mitos ou simbologias, mas simplesmente por sua natureza iluminada e quente.
Sentei-me, recostada a uma árvore. Pensei em ler o livro que carregava – Macunaíma –mas não me animou lembrar da história. Não combinava com aquele momento. Então, fechei os olhos e fiz um esforço para lembrar das notas de uma música de Bach que sempre me pacifica a alma: Air on the G String.
E foi como se os raios de sol me tocassem como cada nota estridente e longa do violino. Em minha mente, cores iam surgindo, provocadas talvez pela música, talvez pelo efeito da luz do sol nos meus olhos, ainda que fechados.
De repente, senti um calor que não vinha de cima, mas do meu lado esquerdo. Relutei em abrir os olhos, embora o movimento da cabeça tenha sido involuntário, dado o senso de proteção.
Então, ainda sem abrir os olhos, comecei a sentir um perfume acre e cítrico ao mesmo tempo, que combinava com a música em minha mente, a qual agora tocava como se viesse de fora de mim.
Curiosa, apesar do prazer das circunstâncias, abri os olhos e um pequeno cãozinho havia sentado ao meu lado e, como eu, fechara os olhos para sentir ainda melhor o prazer do calor penetrando firmemente seu pêlo, sua derme, sua carne...
Voltei a fechar os olhos, sentindo ainda o leve sorriso no rosto.
Meu corpo já parecia acompanhar as nuances da música, fazendo com que uma leve brisa se formasse tocando as maçãs do rosto com uma delicadeza incrível. No clímax da música, algo macio caiu sobre minha face e, então abri os olhos, com a cabeça voltada para o alto.
Uma chuva de pétalas numa sinfonia de cores começava, cobrindo tudo e acariciando a pele quente e dourada. Com o prazer deste toque, fechei novamente os olhos e, desta vez, adormeci.
Quando acordei, minhas raízes haviam se formado novamente, voltei a procurar um novo chão para pisar, uma nova sensação de prazer, uma nova inspiração...
Rompi o limite entre cinza e verde e a sola do calçado tocou a grama. Era comum encontrar amigos ao sol naquele espaço, mas não amigos meus, conhecidos entre si, que provavelmente louvavam ao Sol, como eu, sem mitos ou simbologias, mas simplesmente por sua natureza iluminada e quente.
Sentei-me, recostada a uma árvore. Pensei em ler o livro que carregava – Macunaíma –mas não me animou lembrar da história. Não combinava com aquele momento. Então, fechei os olhos e fiz um esforço para lembrar das notas de uma música de Bach que sempre me pacifica a alma: Air on the G String.
E foi como se os raios de sol me tocassem como cada nota estridente e longa do violino. Em minha mente, cores iam surgindo, provocadas talvez pela música, talvez pelo efeito da luz do sol nos meus olhos, ainda que fechados.
De repente, senti um calor que não vinha de cima, mas do meu lado esquerdo. Relutei em abrir os olhos, embora o movimento da cabeça tenha sido involuntário, dado o senso de proteção.
Então, ainda sem abrir os olhos, comecei a sentir um perfume acre e cítrico ao mesmo tempo, que combinava com a música em minha mente, a qual agora tocava como se viesse de fora de mim.
Curiosa, apesar do prazer das circunstâncias, abri os olhos e um pequeno cãozinho havia sentado ao meu lado e, como eu, fechara os olhos para sentir ainda melhor o prazer do calor penetrando firmemente seu pêlo, sua derme, sua carne...
Voltei a fechar os olhos, sentindo ainda o leve sorriso no rosto.
Meu corpo já parecia acompanhar as nuances da música, fazendo com que uma leve brisa se formasse tocando as maçãs do rosto com uma delicadeza incrível. No clímax da música, algo macio caiu sobre minha face e, então abri os olhos, com a cabeça voltada para o alto.
Uma chuva de pétalas numa sinfonia de cores começava, cobrindo tudo e acariciando a pele quente e dourada. Com o prazer deste toque, fechei novamente os olhos e, desta vez, adormeci.
Quando acordei, minhas raízes haviam se formado novamente, voltei a procurar um novo chão para pisar, uma nova sensação de prazer, uma nova inspiração...
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