Se pudéssemos olhar nossas vidas, a anos-luz de distância da
Terra, perceberíamos que o início e o fim nada mais são do que formas de
enquadrar a realidade em nossa percepção lógica do mundo. Que o pôr-do-Sol, por
exemplo, não tem fim, e que esta estrela apenas deixa de ser visível a
determinado continente, a partir de um momento específico, devido aos
movimentos de rotação e translação terrestres.
No entanto, ainda que sem nossa mente lógica, o início e o
fim não existam de maneira tão precisa, dependemos deles para delimitar nossa
realidade e não enlouquecermos com o caos em que a Natureza se ordena.
O fim de um ano e o início de outro, a organização do
calendário, permite-nos manter determinada clareza e viabiliza nossa
comunicação e convivência com o outro, numa civilização construída sob este
sistema de segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses etc.
E, apesar de gostar dessas discussões filosóficas, gosto de
ser prática e pensar em como aproveitar esta organização pré-definida da melhor
maneira possível. E, ainda, fazer desses momentos de fim e de início, e de
entusiasmo pelo novo (embora construído), oportunidades para melhorar aquilo
que já faço, já vivo, e transformar o que for necessário para realizar, cada
dia mais, o que considero essencial à minha satisfação e existência.
Por isso, convido você a pensar sobre algumas questões que
podem ser fundamentais para um 2016 esplêndido:
· Do que são feitos os teus dias?
·
Quais são os melhores momentos do seu dia para
você?· O que você pode fazer para que esses momentos ocupem a maior parte do dia, caso isso ainda não aconteça?
· Quais são as dificuldades que você enfrenta e como você pode superá-las ou eliminá-las?
· Como você imagina que estará no final de 2016 se continuar fazendo tudo exatamente como já faz?
· Este futuro que imagina é o que você deseja?
· Se não, imagine como você gostaria de chegar ao final de 2016!
· O que você precisa mudar para que esta imagem mental se torne real?
· O que você pode fazer para começar esta mudança, tão logo termine de ler este texto?
· Você sabia que a percepção do que vive todos os dias é construída por você mesmo?
· Que esta percepção é tão ou mais importante do que a chamada realidade em si?
· Que tudo o que você precisa fazer, na maioria das vezes, é mudar a percepção sobre o que vive e, nem sempre, escolher outras circunstâncias?
· Que sua imaginação serve, principalmente, como o papel em branco em que o engenheiro ou arquiteto desenha seu projeto?
· Que tudo o que você pensa influencia a maneira como você percebe o mundo, suas ações, suas palavras e, reforçam ou transformam seu comportamento?
· E que tomar consciência disso é uma das coisas mais dolorosas e, ao mesmo tempo, mais libertadoras que existem?
Assim como a criança imagina histórias mirabolantes, você
pode criar tudo o que desejar, mentalmente, e se conduzir por um caminho que te
leve não a um lugar específico, mas ao teu lugar no mundo, àquele em que você
consegue extrair muita satisfação, alegria e onde se sente realizado.
Mas, importante é lembrar que o projeto precisa sair do
papel! Ou da mente! E nosso corpo é a ferramenta para tornar real o que foi
planejado.
Que você encontre seu lugar no mundo! Ou que pelo menos, se
já o encontrou, que possa cuidar para que ele possa melhorar sempre!
Afinal, como já dizia um famoso poeta do século XX (Lulu
Santos): "Tudo muda o tempo todo no mundo!". E, quando você menos
esperar, o início do ano se tornou fim e todo o entusiasmo para mudar aquilo
que você sabe que precisa foi atropelado pelas tarefas do dia a dia!
Que você tenha lucidez, garra, entusiasmo, sabedoria, amor,
dedicação e muitos amigos para realizar e celebrar mais em 2016!
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