sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Feliz Nascimento


Passadas as festividades natalinas, voltamos à rotina deste período do ano.


As reflexões continuam...

O propósito do Natal para mim sempre foi a reunião da família e a troca de presentes. Embora não siga a religião católica, a minha educação foi cristã e ainda é.


Depois de um tempo, podemos não "louvar a Cristo", mas tentamos entender Sua importância na história da humanidade ou mesmo Seu papel hoje, na vida das pessoas.


Adaptamos as festividades do Natal às culturas e às crenças de cada um e, agora, o que celebramos?


Posso dizer por mim: nestes dias, em que a maioria das pessoas do planeta param de trabalhar ou mesmo de exercer suas atividades rotineiras para se reunirem num só propósito, seja ele religioso ou não, vejo a oportunidade de refletir sobre nossa missão, nosso comportamento, e pensar o que nos faz e não nos faz satisfeitos com a nossa vida hoje. Uma reflexão que surge do motivo para a celebração, ou seja, o nascimento de Cristo. Porque a ruptura próxima do calendário, ou melhor, a passagem para o ano novo, é uma oportunidade de nascer "novamente". E nascer é nada mais do que encontrar um caminho novo e melhor, que nos permitirá crescer ainda mais.


Pensemos na barriga de uma mãe grávida, enquanto o bebê está se desenvolvendo - entre 0-9 meses (no máximo), ela é o melhor lugar do mundo: aconchegante, na temperatura ideal, com alimentação na medida necessária. Quando o bebê chega a um certo tamanho e a barriga não mais cresce, ele começa a sofrer para achar uma posição, o alimento e a temperatura já não são assim tão ideais. Então ele se posiciona para sair, é um novo caminho, um caminho que ele nunca seguiu antes, é a luz - como costumamos chamar - é uma oportunidade de continuar crescendo, porque se ele não saísse da barriga, sua jornada terminaria muito cedo. Isso também significa que se não nos posicionamos para a mudança, quando o espaço (crenças, conhecimentos etc.) que ocupamos parece não ser mais suficiente para nosso aprendizado, nossa felicidade, nosso conforto, nossa realização, nossa paz, estamos delegando esta mudança aos outros e, quando fazemos isso, a mudança pode não ser a mais agradável ou ideal. Ficar dentro da barriga, pode parecer confortável, mas pode ser insuportável e pode levar a mudanças não desejadas - em outro nome, seria a morte e, neste caso, mais de um ser poderia morrer. (Sugestão de leitura: Um menino chamado Guilherme, de Oswaldo Cassilha)


Por fim, concluimos que toda oportunidade de reflexão nos remete ao ciclo de vida-morte, morte-vida. Porque a sustentabilidade e a ecologia de nossas vidas está na capacidade de transformação de cada ser e, de troca com os outros seres.


Felizes Renascimentos para todos!

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