Observação primeira: O título deste texto é uma homenagem a alguns voluntários de alta performance.
A complexidade do caos se acaba quando paramos de tentar entendê-lo dentro de nosso sistema racional e passamos a compreendê-lo, despertando nossa sensibilidade e intuição diante daquilo que nos cerca.
Para nossa ordem lógica, a natureza, com sua imprevisível “meteorologia”, é caótica, um emaranhado de ocasos que se estruturam claramente para o homem apenas dentro de seu sistema cultural e lingüístico.
Certo estava Einstein quando descobriu a teoria da relatividade e seria sensato que todos nós pudéssemos compreender como ela se aplica ao nosso cotidiano. Enxergar a natureza com olhos humanos, civilizados, não poderiam resultar em outra coisa que não uma visão preconceituosa – com referenciais anteriores que valorizam mais a lógica linear do que o mosaico de que se constitui a vida e a consciência universal. Sempre haverá apenas um ponto de vista na avaliação racional do mundo; para sentir a imensidão do universo e de toda nossa capacidade como seres vivos é necessário parar de racionalizar e buscar um estado imerso em contemplação e silêncio.
Quando olhamos para todos os sistemas que criamos a fim de ter o melhor desempenho em todas as áreas de atuação possíveis a um ser humano e sua sociedade, notamos que embora estejamos simplificando a complexidade do universo na ilusão de que podemos controlá-lo, tornamos cada vez mais complicado o exercício de viver.
A proximidade de tudo o que é racional e “certo” nos afasta cada vez mais da verdadeira estética a ser apreciada, da missão real de cada um de nós.
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